
O presidente do México, Felipe Calderón, aparecerá no horário nobre do Canal das Estrelas. E não será no jornal de López-Dóriga nem em El Privilegio de Mandar ou nas mensagem à nação, supostamente emitidas durante os tempos oficiais, mas sim em El Equipo, a mais recente super produção da Televisa que esta noite irá ao ar.
Na verdade, o Executivo federal é parte da história que o produtor Pedro Torres – que filmou, desde os videoclipes de Luis Miguel até os promocionais de Iniciativa México e extintos como Big Brother e Mujeres Asesinas – desenvolveu para a Televisa e cuja a trama é tão simples como direta: na guerra contra o crime organizado, o governo do México decide a criação de um comando de elite para realizar operações especiais. O Presidente da República será quem diretamente designará a Fermín (Alfonson Herrera) como chefe desta equipe da Polícia Federal.
A Ficção – alguns autores argumentam – nunca supera a realidade, mas ao menos neste caso a história rompe com os paradigmas tradicionais das telenovelas mexicanas: Fermín é um rapaz que estuda uma carreira no Exército, a qual renuncia para entrar na Polícia Federal, enquanto sua companheira Magda (Zuria Vega) é uma garota que decide deixar a comodidade de sua vida para combater os maldosos.
Existe algo de verdade na trama. É que desde 2007 Gerano García Luna, proprietário da Secretaria de Segurança Pública Federal, aprovou um intenso programa de recrutamento para a nova Polícia Federal, a qual se estendeu às principais universidades privadas do país (Entre elas o ITAM e o Tecnológico de Monterrey), com a ideia de incorporar recém-chegados e os jovens acadêmicos (professores e investigadores) de carreiras como Ciência Política, Direito, Sociologia e Comunicação. Os salários atrativos e a promessa de pertencer a um corpo de elite, distinto da Agencia Federal de Investigação (Então em extinção) resultaram poucos atrativos para os primeiros candidatos. Mas no final acabou funcionando a estratégia de purificação dos corpos de segurança pública.
Os uniformes e as armas que portam os integrantes do elenco são os mesmo que utilizam os encarregados de combater o crime organizado. De forma igual, os promocionais mostram que o ultra moderno Centro de Comando da Polícia Federal e os helicópteros Beel artillados, cedidos pelo governo de Barack Obama, foram utilizados na filmagem desta nova série do escritor Luis Felipe Ibarra, que originalmente levaria o título de El Grecco e incluiria em seu elenco a atriz Ximena Rubio e a cantora Carina Ricco.
Inicialmente esta série chamou a atenção porque significava a estreia da atriz Claudia Álvarez dentro da Televisa. Ela terá um papel secundário (como Pilar), a ex-viciada que está casada com Santiago (Alberto Estrella), policial com uma carreira de mais de 20 anos, que servirá como Comandante Operativo das Forças Especiais.
As filmagens desta história começaram no final de Janeiro. Originalmente havia saído um guia para 13 capítulos de uma hora, que seriam transmitidos pelo Canal 5, mas os diretores da televisão de San Ángel mostraram seu produto ao governo federal, e então se decidiu um ajuste de elenco e a mudança de horário. O discurso oficial, no horário AAA. Os telespectadores verão, além da evolução do romance entre Fermín e Madga, que o governo da República “contrói instituições de segurança pública mais robustas” e “confronta com toda a firmeza das facções criminosas”. A política de comunicação social saltou das notícias para as novelas.
:: Fonte: ElEconomista.com.mx (Alberto Aguirre M.)
:: Tradução e Adaptação: RBD-Forever.com