
RIO – Na entrada da RecNov, em Vargem Grande, uma multidão de jovens indicava que alguém especial estaria gravando ali. E estava mesmo: Dulce María, a cantora mexicana que ganhou fama mundial ao interpretar, na versão original de Rebelde, a esquentadinha Roberta vivida na trama brasileira por Lua Blanco , tinha acabado de entrar estúdios da Record. No Brasil em meteórica passagem, ela gravou com os rebeldes brasileiros uma participação na novela.
Como foi o encontro com os rebeldes brasileiros?
Fui muito bem tratada. Eles me levaram para fazer um voo aéreo pelo Rio, que é uma cidade linda.
Já esteve aqui outras vezes?
É a sexta vez. As duas primeiras foi para fazer shows com o RBD.
Como anda a carreira de atriz?
Um pouco de lado. Estou completamente focada em cantar e compor. Adoro escrever.
Em 2008, você publicou Dulce amargo, um livro de poesias que revelou o seu lado mais sombrio. Seu público não estranhou?
No livro, reuni poesias escritas dos 11 aos 21 anos. Sempre aprendi com o sofrimento e acho que o meu público também tem estas questões. Sinto que fiquei mais perto deles.
Sua tia-avó Frida Kahlo também se inspirava com o sofrimento…
Ninguém tem uma vida perfeita. Creio que o sofrimento deixa a gente mais forte. Eu também choro e tenho problemas. Frida transformava o seu sofrimento em arte. Faço o mesmo quando escrevo: quero converter o meu sofrimento em música.
Você interpretou uma personagem polêmica na série Mulheres assassinas. Qual o retorno que teve dos fãs?
Eles pediram que eu aceitasse o papel. Na trama, Eliana, minha personagem, se relaciona com uma mulher pela primeira vez e tem uma crise de identidade. Foi polêmico com a Televisa, que cortou a cena de beijo. Mas meus fãs, que conseguiram ver pela internet, adoraram.
:: Fonte: O Globo