
Entrevista com Maite Perroni, uma das ex integrantes do grupo pop RBD, que esteve na Colômbia apresentando “Eclipse de Luna”, seu primeiro trabalho discográfico solo.
Ainda em muitos países da América Latina não a chamam pelo seu nome Maite Perroni, a conhecem mais como Lupita, seu personagem na telenovela ’Rebelde’, o primeiro sucesso da televisão mexicana do novo milênio, e não se incomoda que isso aconteça, ainda que hoje em dia esta bela mulher busca posicionar seu nome no competitivo mercado da música latina com “Eclipse de Luna”, seu primeiro trabalho discográfico.
Já se passaram quase cinco anos desde a desintegração do RBD, o grupo pop que surgiu na telenovela, tempo em que ela tornou-se protagonista de várias novelas, séries e filmes em seu país natal, mas a música era um assunto pendente para Maite.
Agora com ‘Eclipse de Luna’, distancia-se um pouco do pop e concentra-se mais na bachata, para surpresa de muitos, em um desafio que tem sido todo um sucesso tanto em seu país quanto em diferentes partes da América Latina.
Como tem sido a aceitação de seu primeiro disco solo?
Havia uma grande expectativa e a verdade é que eu acredito que não esperavam que eu chegasse com uma proposta assim, a qual eu gosto porque permitiu-me apresentar-me de uma forma bem autêntica, com a música que eu gosto, ainda que fosse um grande risco, mas valia a pena corrê-lo . É um disco que o trabalhamos durante muito tempo, mas me deixou muito feliz com os resultados e terá muita vida daqui em diante.
Como foi o processo do álbum ‘Eclipse de Luna’?
Faz três anos e meio que começou todo o caminho desse álbum. Desde então tinha claro que queria fazer um disco de música latina. Neste caminho me encontrei com o compositor Carlos Lara, de grande reconhecimento no pop, foi ele que propôs tentar fazer uma bachata, e ele compôs e produziu ‘Como Yo’, que é o primeiro tema do disco. Com ela comecei a ir nas gravadoras, para ver quem acreditava no projeto até que a Warner apostou em tudo o que eu queria fazer.
Como chega Koko Stambuk como produtor do disco?
Quando estamos adiantando trabalho com a Warner, a gravadora propôs conhecê-lo e tentar trabalhar com ele. Nos conhecemos no México – DF e nos encontramos com uma química muito boa então decidi aceitar a sugestão e entregar toda essa responsabilidade a ele. Nós fomos para Nova York onde trabalhamos durante cinco meses e estive me metendo em todo o processo de produção, o que eu não tinha podido fazer antes.
Como foi a seleção das músicas?
Árdua, acho que chegamos a considerar cerca de 70 músicas, porque durantes as gravações chegavam novas músicas e tínhamos que levar em conta, assim a lista sofreu constantes mudanças até gravarmos o último tema. É um processo interessante e enigmático, porque há dias que se apaixona por umas músicas e logo as muda por outras, por isso é que o papel do produtor não é só te ajudar a selecionar as músicas que você gosta, também as que precisa. No final das contas é um processo onde deve escutar muito o seu coração.
Como foi o desenvolvimento desse novo som de Maite, mais latino com bachata e menos pop, como o fez no RBD?
A Bachata tem uma parte muito romântica e sensual ao mesmo tempo, mas desde um lugar bom e respeitoso, porque nossas letras são muito românticas, então eu adorava a ideia de brincar com essa sensualidade, o que é um complemento ideal de uma história de amor e a bachata tem magia. Há uma cadência própria e ao mesmo tempo pode contar muitas coisas, com musicas de amor, dor e despedida. Estou feliz neste gênero.
Agora ao palco?
É voltar a começar, ter segurança no palco está organizando tudo com coreografia e músicos. É muito trabalho e pouco tempo, mas é um desafio maravilhoso, porque agora é só comigo, e não como parte de um grupo.
Um processo diferente ao vivido com RBD?
Vivo esse processo diferente e não gosto de comparar, porque o que vivi foi importante, mas já passou e não tenho que ficar comparando, querer igualar ou competir com ele, não vale a pena. O melhor é a partir do zero reconquistar um público e eu gosto.
E a atuação?
Se der para conciliar com a música será bem recebida, porque por enquanto minha prioridade será a música. Morro de vontade de fazer algum dia algum musical no teatro, ou filme que tem a ver com a música, mas por enquanto eu vou ficar com o meu papel como intérprete.
:: Créditos: MSN.com
:: Tradução: MaiPerroni.org