“Trabalhar no México ajudou a diversificar minha carreira.”, afirma Poncho Herrera

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Poncho Herrera está divulgando sua mais nova produção cinematográfica, o filme “El Elegido”, e para isso o ator foi até a Espanha fazer promoções em diversos meios de comunicação. Confira agora, a tradução de sua entrevista para El País, com exclusividade pela RBDForever.com.br.

Ao final da tradução, confira o vídeo com a entrevista.

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Se passaram 14 anos desde que o ator Alfonso Herrera (Cidade do México, 1983) deu seu primeiro salto para as telonas no filme “Amarte Duele”, em 2002. Foi o mesmo ano de sua estreia pela pequena tela com a novela juvenil Clase 406. Mas foi no ano de 2004 que alcançou a fama internacional, graças a interpretação do personagem Miguel Arango, aluno do Elite Way School e integrante do RBD – que posteriormente se tornou um grupo real de música pop-, no drama televisivo Rebelde. Não se incomoda que ainda se recordem dele por este papel, ao contrário, agradece por ter feito parte dele.

Durante sua etapa de ídolo pop pode percorrer mais de 23 países e com o grupo conseguiram vender entorno de 57 milhões de discos. Sua faceta musical se encerrou em 2008 no último show em Madrid. A cidade que o viu se despedir dos palcos, volta a recebê-lo e esta vez para lançar seu mais novo recente projeto. No filme “El Elegido”, Herrera interpreta Ramóm Mercader, e seus alter egos Jacques Mornard e Frank Jackson, o homem que foi nomeado Herói da União Soviética por assasinar em 1940 Leon Trotski, durante seu asilo na Cidade do México.

A promoção do filme, o nono longa metragem do espanhol Antonio Chavarrías, na capital espanhola foi só um destino de trânsito para Herrera, que se dirigia aos EUA para filmar a adaptação para televisão do “O Exorcista”, filme de terror de 1973, seu mais recente papel protagonista.

EP: O que chamou sua atenção de primeira quando te apresentaram o projeto de El Elegido?

AHR: O fato de ser um personagem muito completo e de um filme com uma equipe e atores maravilhosos. Tentamos manter a imparcialidade no momento de contar a história. Foi um luxo trabalhar com Hannah Murray, Elvira Minguez, Julian Sands, Henry Goodman, Roger Casamajor. O trabalho do Antonio Chavarrías durante a filmagem foi espetacular, além do risco, poder trabalhar na Espanha foi uma grande satisfação. Toda a experiência foi um grande presente.

EP: O que foi mais difícil ao interpretar Ramón Mercader?

AHR: Ramón Mercader é um personagem, mas dentro dele existe outro personagem que é Jacques Monard. De alguma forma Ramón, no passado, teve que ser um ator e interpretar esse personagem. Meu acento no espanhol é de um mexicano e no filme tinha que falar castelhano, como na Espanha, além do inglês, francês e isso foi bastante trabalhoso. O mais difícil foi me meter nessas peles. Tem que ter uma consciência muito clara de onde está o personagem, em que situação emocional se encontra, porque muitas vezes pode ser perder dentro dessas peles.

EP: Em que materiais se baseou para conhecer o personagem?

AHR: Antonio, desde uns 6 anos, já queria fazer este filme. Contava com uma quantidade de informação e de dados, por isto não foi tão necessário ir conseguindo informações que nos pudesse dar pistas para formar o personagem. Ramón foi, em si um pouco acinzentado nos momentos prévios ao assassinato a Trotski. Personagens como Sylvia Ageloff ou a esposa de Trotski são personagens dos quais se sabe muito pouco e graças a recuperação que Antonio fez todos pudemos nos beneficiar.

EP: É a primeira vez que adentra o gênero do terror. O que espera da filmagem da séria O Exorcista?

AHR: Acredito que é uma grande responsabilidade. É uma franquia muito conhecida no mundo todo, mas da mesma forma eu o vejo como uma grande oportunidade de fazer algo interessante e poder satisfazer as necessidades de pessoas que são apaixonadas por consumir esse gênero.

EP: Que semelhanças e diferenças terá em relação ao filme original?

AHR: Acredito que algo que funcionou muito bem no filme de 1973 é a forma aterrorizante que tem. São personagens tridimensionais e o que estamos tentando fazer é ter uma história bastante aterrorizante com personagens reais. Temos a grande chance de contar com um grande escritor, como Jeremy Slater e o piloto quem filmou foi Rupert Wyatt, que fez um trabalho espetacular. Foi um prazer trabalhar com os dois.

EP: Nos últimos anos tem tido a oportunidade de participar de diferentes projetos. Sair do México te ajudou a diversificar sua carreira?

AHR: Eu acredito que trabalhar no México me ajudou muito a diversificar minha carreira. Acredito que estão fazendo coisas muito interessantes no México e tudo isso se consome nos Estados Unidoes, América Latina e muitos outros mercados. Eu estou consciente de que é uma grande país para trabalhar e viver. Estou muito contente de ter feito projetos no México e seguirei trabalhando no meu país, disso tenho certeza.

EP: Trabalhou muitos anos na televisão do seu país. Atrizes como Izaua Larios e Lupita Nyong’o denunciaram que existe racismo neste meio. Como vê isso?

AHR: Posso entender que isso aconteça, sem dúvidas se deve acabar com esse tipo de situações. Acredito que existem grandes atores que fazem trabalhos magníficos. Eu duvido que isso só aconteça no México, isso acontece em muitos lugares e é necessário diversificar.

EP: Diante do sucesso e das realizações do talento mexicano e latino americano em Hollywood. Como ficam as palavras do candidato republicano Donal Trump?

AHR: Preferiria não dar importância a alguém que não vale a pena. Existe muita gente talentosa que tem a oportunidade de trabalhar em Holywood e eles de alguma forma nos ajudaram a suavizar um pouco mais o terreno para poder mostrar nosso trabalho no Norte. Sem dúvidas, eu considero que o importante é trabalhar, sem se importar se é no norte, no sul, leste ou oeste. O importante é trabalhar e continuar aprendendo, apenas.

Créditos: El País.com, Alfonso Herrera Universal e RBDForever.com.br

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