Chega a capa da Zero Magazine México uma mulher a qual vimos crescer nas telas, literalmente. Uma grande favorita da televisão mexicana e também dentro da música pop: Dulce María nos acompanha nesta edição de aniversário e nos conta tudo sobre sua carreira e seu novo álbum.
A nossa #MulherZero o mundo do entretenimento a chamou com uma idade muito precoce:
“Minhas irmãs faziam comerciais e eu sempre as acompanhava, aí foi que me convidaram para fazer ‘castings’ também. Assim começou minha carreira, de uma maneira muito orgânica e natural, não foi algo que eu planejei ou procurei, simplesmente aconteceu”.
Sendo pequena também foi instruída em dança, atuação e canto em diferentes escolas e um espaço da Televisa onde aprendeu projeção cênica em diferentes oficinas com Patricia Reyes Spíndola.
“Minha primeira experiência a nível profissional foi um comercial de Carlos V, era muito pequena porque acabava de completar 5 anos, e foi muito engraçado porque não sabia como era isso, é muita espera, tem que levantar muito cedo e terminar muito tarde. Recordo que estive muito tempo na espera e quando por fim íamos gravar eu já tinha a roupa muito suja. Mas foi algo muito normal, algo que me deu, muito natural para mim, simplesmente como se assim fosse, gostava muito”.
Não demorou muito tempo para que Dulce chamasse a atenção e fosse convidada para participar de alguns grupos musicais, a também atriz foi chamada para juntar-se ao KIDS, um projeto infantil com o que gravou um álbum (embora o grupo tenha gravado um outro disco após a saída de Dulce):
“Saí do grupo porque tinha outras preocupações, além disso comecei a fazer novelas, dois anos mais tarde me chamaram para fazer A Mil Por Hora.”
Justo quando terminou essa novela, Dulce María foi procurada para se juntar ao Jeans, que já haviam consolidado sua carreira e atravessavam uma de suas múltiplas mudanças de integrantes:
“Para mim foi uma experiência muito legal, justo quando completei 15 anos, Estive um disco com Jeans e tive que sair porque me chamaram para fazer minha primeira protagonista na televisão e era importante que tivesse tempo, porque além disso haveria um grupo musical dentro da novela e isso te absorve muito tempo, eram como 2 anos de gravações. Assim que terminei minha tour com Jeans, na verdade estava fazendo paralelo as gravações, e quando terminou a tour, me dediquei somente a este projeto”.
Esta novela foi a exitosíssima Clase 406, uma novela juvenil que abordava diferentes temas sociais e polêmicos (em sua época) como o abuso sexual, perca da virgindade, consumo de drogas, bulimia, anorexia e homossexualidade:
“Como te digo, foi minha primeira protagonista, gravamos um disco e foi uma etapa importante em minha carreira como atriz e cantora, com pessoa também, e ai me deu conta que eu gostava muito de estar no palco, escrever, compor, aí comecei a compor minhas primeiras canções. Depois entrei um semestre na Academia de Música Fermatta porque eu queria aprender composição”.
O Produtor Pedro Damián sempre confiou no talento de nossa #MulherZero, assim não teve nenhuma dúvida em procura-la novamente para protagonizar uma das novelas mais importantes e exitosas dos últimos anos: Rebelde, ao lado de Anahí, Alfonso Herrera, Maite Perroni, Christopher Uckermann e Christian Chávez.
“Rebelde mudou nossas vidas. Foi surpreendente que sem dar-nos conta, de repente tinha se globalizado por algum motivo, muitas pessoas gostavam em muitas partes do mundo, muitos jovens se identificavam. No meu caso foi como ver as portas dos corações das pessoas se abrindo e minhas experiências também, por isso escrevi algumas canções, e escrevi o livro Dulce Amargo por essas datas para todos os jovens. Vivi algo que superou a todos, um fenômeno de milhares de pessoas e estádios repletos, uma experiência que agradeço infinitamente e que claro marcou a todos.”
O livro que publicou em 2008 é um reflexo de suas vivencias dentro e fora dos palcos:
“As pessoas tinham historias importantes, se identificavam conosco e nos escutavam, no meu caso isso foi o que tentei fazer, aproveitar essa parte para tentar levar-lhes uma boa mensagem, compartilhar coisas de minhas experiências, e sobre tudo dar-lhes a mensagem de que sempre devem lutar pelo que querem e por seus sonhos”.
Para Dulce María seus fãs são o mais importante, e procura proporcionar coisas positivas para suas vidas, é um de seus motores:
“Como sempre digo, são meus guerreiros, sempre estão aí me apoiando e escutando ou lendo as coisas que compartilho. E o que menos é se são vinte, ou cem, ou milhões, o que eu quero é semear um grãozinho de coisas boas, de luz, de coisas lindas em suas vidas, ou seja com a música, com algo que escreva, um projeto de atuação que lhes deixe algo legal, ou que se divirtam, que por fim estou no meio da indústria do entretenimento, melhor dar uma mensagem positiva nisso”.
Para a também escritora e compositora a vida mesmo é fonte de inspiração:
“Me inspiro em minhas experiências, ou nas coisas que tenho aprendido, no que penso, no que sinto, no que vivem as pessoas que estão ao meu redor, inclusive nos mesmos fãs que me contam suas histórias, no que penso da vida e o que gostaria de deixar nesse mundo”.
A nossa #MulherZero gosta de estar cercada por pessoas talentosas com quem trabalhamos e não é de se estranhar que em breve a veremos por todos os lugares:
“Há muitos músicos e produtores. Desenhistas cada vez vou conhecendo mais, porque não conheço tantos, tenho uma boa amiga que é uma desenhista que se chama Liliana Bocker que eu gosto de trabalhar; Samuel Girón é um garoto que está me fazendo figurinos muito legais; Alexia Ulibarri gosto muito, na verdade fui a um Fashion Week com ela; e músicos pois Leonel García gosto muitíssimo como compõe, acredito que existe muitos músicos bons, produtores, compositores, atores com os que eu gostaria de trabalhar. E complicado dar nome as pessoas porque há muitas pessoas que admiro, Cecília Suarez por exemplo, Mariana Treviño, Gael Garcia, Dego Luna, Iñárritu, Cuarón… pessoas que tem chegado muito longe e tem feito coisas incríveis, mais do que pessoas com que quero trabalhar, que seria uma honra mas não a circulação, são pessoas que admiro muitíssimo que inspiram México e que nos fazem ver que nada é impossível, pessoas que superam muitos limites”.
Dulce María está por estrear um novo álbum do qual já podemos escutar “No Sé Llorar”, seu primeiro single que tem se convertido em um fenômeno com mais de quatro milhões de visitas em sua conta oficial no YouTube e alta rotação em canais de vídeo; assim como “Dejarte de Amar” uma canção que compôs para Corazón Que Miente, uma novela na qual participou depois de estar muitos anos longe da atuação.
“Estou totalmente focada ao disco, estou para lançar meu novo single no dia 9 de setembro, vem com o videoclipe e com a força de toda a equipe, com coisas renovadas em geral, para começar estou diferente dos discos anteriores e isso se reflete neste novo álbum. O disco será lançado em março, está incrível, e têm quatro canções que eu escrevi, trabalhei com grandes produtores como Andrés Saavedra e Ettore Grenci que trouxeram coisas bem bacanas e definitivamente é meu disco favorito.”
Dulce sempre leva o nome do México para as alturas e conhece a riqueza do nosso país:
“É maravilhoso, somos muito acolhedores, somos efusivos, as tradições são lindas, os costumes, os ícones, tudo é super bonito, por outro lado, a comida é incrível. Temos de tudo: selva, praia, bosques, de tudo. Acredito que há lugares lindos que nem nós mexicanos conhecemos e deveríamos dar valor. Sem dúvidas o país têm muitas coisas para melhorar, como a atualidade em geral: deixar de ver o mal o tempo todo e silenciar a nós mesmos. Em vez de nos queixar do que está mal, ser proativos e tratar de ser a mudança que queremos ver no México, no mundo e em nossa vida. Começar por cada um esta mudança, acredito que isso é o que nos falta, essa atitude de querer progressar em vez de fazer terra ao que está avançando, porque assim não soluciona nada, a solução é ter ação.”
Dulce procura ser congruente e deixar mensagens com seu trabalho:
“A música não tem fronteiras e no meu caso trato de levar a bandeira do México a todos os países que vou, falar das coisas bonitas do México e compartilhar as coisas boas que tem o país. Não se trata de ser um bom mexicano, senão um melhor ser humano, creio que é começar por você. Focar em melhorar, em construir e lutar pelas coisas que queremos, e dar muito valor a nosso país, valor no que há de melhor, o que temos aqui.”
Créditos: Zero Magazine & DulceWorld.com