Alfonso Herrera se consolida como um dos melhores atores de sua geração

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Com seu trabalho no filme “La Dictadura Perfecta” e na série Sense8, Poncho se consolida como um dos melhores atores de sua geração.

Na vida de todas as pessoas existem momento determinantes, que marcam um antes e um depois, um divisor de águas, como costumam dizer. O mesmo ocorre no âmbito profissional, onde determinado projeto pode se tornar o veículo perfeito para começar a experimentar coisas novas e apostar assim por trabalhos que se traduzam em desafios.

De um par de anos até hoje, Alfonso Herrera vive um desses momentos. E lá atrás ficou sua faceta como ator juvenil que pudemos ver em filmes como Amarte duele (2002) ou Volverte A Ver (2008), ou bem como sua passagem pelo cenário musical ao lado do grupo RBD, com o qual conseguiu o reconhecimento a nível internacional. Hoje, Poncho se encontra em um processo de maturidade em matéria de atuação, que pouco a pouco o converteu em um dos melhores atores de sua geração.

Como prova disso temos sua participação no polêmico filme “La Dictadura Perfecta“, cujo trabalho lhe rendeu uma nomeação na categoria de Melhor Ator das Diosas de Plata deste ano. Este trabalho se reforçou com sua incursão nas grandes ligas depois de ser fichado pelos célebres irmãos Wachowski (sim, os criados de jóias como Matriz e Cloud Atlas) para participar na futurista e visionária série de televisão Sense8, transmitida por Netflix. Sobre isso e muito mais conversamos em exclusividade com o ator.

Como você se sente ao ver a reação do público a respeito de Sense8?
Estou muito feliz por ser parte de um projeto tão importante, no qual estiveram envolvidos os irmãos Wachowski, os quais revolucionaram a maneira de fazer cinema. A isso devemos somar a plataforma, Netflix, que revolucionou a maneira de ver conteúdos no mundo todo e, além disso, uma história que também deu um giro na forma de criar conteúdos para a televisão. Me sinto muito feliz pela repercussão que a série teve a nível global.

O que foi que mais te atraiu neste projeto: a história, seu personagem ou o fato de trabalhar com os Wachowski?
Eu acho que tudo. A história, que se conta muito bem e de uma maneira excelente, os personagens bem definidos, a plataforma, tudo. Isso sim, poderia dizer que meu personagem atraiu minha atenção porque me tirou totalmente da minha zona de conforto; foi algo muito diferente ao que estou fazendo normalmente e acredito que funcionou muito bem.

O que é que te motiva a procurar papeis diferentes, como este ou o de La Dictadura Perfecta?
Simplesmente o contar histórias que possam repercutir e que tenham algo para dizer, personagens que sejam portadores de uma mensagem. No caso de La Dictadura Perfecta estamos falando de como o quarto poder está tendo um papel muito importante dentro da história do nosso país; enquanto que Sense8 planta uma hipótese muito interessante: não importa qual seja a cor de sua pele, sua nacionalidade ou preferência sexual, absolutamente todos pertencemos a uma esfera chamada Terra, onde todos dependemos de todos e na que enquanto mais unidos estivermos, melhores resultados poderemos ver. Considero que México é um país de preconceitos, onde se julga pela sua preferência ou pelo carro que dirige, e por isso estou tomando esses riscos, para me aventurar a dizer coisas que possam fazer a diferença.

Neste sentido, acredita que Sense8 ajude a conscientizar as pessoas sobre esta igualdade?
Creio que pelo menos semeia uma postura, porque a série não foi feita para ensinar ninguém. É um show que tem como objetivo entreter, que as pessoas cheguem em sua casa e possam vem um conteúdo de qualidade. Isso sim, plantar uma hipótese com a que estou completamente de acordo.

Este personagem, será como um divisor de águas em sua carreira?
Não, não creio nisso. Como te disse, eu simplesmente estou buscando histórias interessantes que me façam seguir aprendendo.

Qual papel falta você fazer?
Não sei. Muitas vezes os personagens terminam surpreendendo a mim, como no caso de La Dictadura Perfeta ou desta série. Quando chegaram nas minhas mãos, disse que valeria a pena fazê-los.

Considera que seu personagem nesta série possa servir de inspiração?
Se as pessoas acreditam no que estão vendo, acho que isso já é um grande elogio para mim. O importante é a hipótese de igualdade, sem importar as circunstâncias.

Qual foi a maior aprendizagem que obteve com Sense8?
Tudo, desde construir e filmar cenas com Lana e Andy Wachowski, que tem uma sabedoria de ser e que sabem resolver as coisas de maneira extraordinária, até ver como três diretores estão trabalhando na equipe para fazer que tudo some nesta história. Ver o esforço que implicava fazer uma cena na que atores de Quênia, Londres e Coreia viajam à Cidade do México para filmar uma sequência. Todos esses elementos faziam que me sentisse muito orgulhoso de fazer parte deste projeto.

Você é dos atores que depois de fazer um trabalho assiste o resultado ou prefere não ver?
Cedo ou tarde você acaba vendo – revela entre risos. Mas enquanto estou gravando, evito ver o monitor.

Se agora tivesse a possibilidade de, assim como na série, se conectar com alguém mais para ajudá-lo, aonde você gostaria de se mover e o que faria?
Uffff…. Não sei! Não saberia te dizer. Mas seria algo espetacular ter essa capacidade. O que sim posso dizer é que de alguma forma todos estamos vinculados e conectados nas redes sociais. Ou como você e eu nesse momento via telefônica, eu aqui no Chile e você na Cidade do México, onde estão essas ondas que se movem através do ar. Para nós é algo inexplicável, mas estão aí e existem. É uma maneira de nos comunicarmos, então eu estou certo que há um vínculo entre os humanos mais além do físico. Assim que o que se conta na série não está tão longe do que se vive na realidade.

Créditos: GQ.com.mx & RBDRebelde.com

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